Uma coisa esdrúxula chamada Transparência e Integridade, própria daquele tipo de gente que proclama as virtudes públicas e, quase sempre oculta, vícios privados, veio mostrar-se indignada pela reação negativa do governo ao relatório da OCDE, preparado pelo apastelado Álvaro Santos Pereira, em que denuncia Portugal como um país marcado pela corrupção e, como tal, inadequado para que capitais estrangeiros nele queiram investir.
É claro que para os apaniguados daquele candidato presidencial com cara de obstipado sacristão, que dá pelo nome de Paulo Morais, importa proclamar que a corrupção, exista em maior ou menor grau, por constituir pasto em que chafurdam em busca de alimento. Os pretensos incorruptíveis não ponderam que o gesto do autor do relatório é, ele próprio, um exemplo lapidar de corrupção, porque o que se poderá dizer de quem chegou ao seu cargo por habilidade arrivista e dele se serve para prosseguir a aplicação de uma agenda política, que já era a sua antes de integrar o governo anterior? Desonestidade intelectual é o mínimo, que se poderá dizer do relator em causa e dos seus putativos defensores locais.
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