Semanas atrás um amigo que prezo, mas de quem me distanciam as opiniões sobre Marcelo Rebelo de Sousa, perguntou-me se não me andava a sentir cada vez mais isolado naquele que seria o quixotesco esforço de frequentemente denunciar o comportamento político do inquilino de Belém.
A melhor resposta a essa pergunta provém de vários setores que, nos últimos dias, têm equacionado até que ponto o populismo de Marcelo - que há quem designe como «popularucho»! - vem contribuindo para a contínua perda de fôlego nas sondagens, onde passou de quase unânime apoio do eleitorado para a sua progressiva divisão entre uma metade, que ainda alinha no seu estilo, e a outra que lhe prefere um outro mais de acordo com a dignidade da função. Num excelente texto, que Alfredo Barroso hoje publicou no «i», ele é dado como exemplo lapidar do tipo de telepopulismo, que tanto tem iludido os explorados para que se façam representar politicamente por quem os explora ou pelas suas marionetas. Porque, a exemplo de Trump, de Macron, de Balsonaro ou de Erdogan, o presidente português assumiu o cargo com o mesmo estímulo que, outrora, o levava a dirigir o PSD, a escrever artigos de jornal ou a fazer comentários nas televisões, tendo por trás a bem conhecida amizade com Ricardo Salgado e outros pretensos «donos disto tudo»!
Daí que aqui se continue a verberar uma presidência a contento dos que querem que as coisas continuem a ser como são!
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