Quando Passos Coelho ainda era primeiro-ministro sabíamos que, em dia de debate quinzenal, o INE publicava indicadores sempre simpáticos para que pudesse fazer crer na bondade da sua ação.
Agora que já terá mais dificuldades em manter essa estratégia comunicacional, Passos conta com outro aliado no FMI, ou pelo menos com o senhor Subir Lall, que continua a exigir mais «reformas» (ou seja mais cortes para os mais pobres) e menos «reversões». Tal sujeito parece não ter lido os relatórios com a chancela da sua própria instituição, que demonstram a falência de modelos de recuperação da crise baseados na austeridade.
Será que para o debate desta tarde, Passos Coelho contactou diretamente o técnico do FMI para recuperar a narrativa do «Diabo em setembro» com «conselhos» e bitaites, que divergem ão absurdamente da realidade?
A habilidade - se existiu! - de pouco lhe valeu, porque, mesmo suportando o comportamento das bancadas da direita (que mais pareciam hooligans em estádio de futebol) e o tom exaltado do ainda líder da Oposição, António Costa desmontou os três mitos que a direita e os seus comentadores encartados têm profusamente divulgado como verdadeiros, mas redondamente falsos.
Os indicadores oficiais mostram que estamos a crescer, a exportar e a ter mais investimentos do que no ano passado. E os gráficos oportunamente apresentados assim o demonstram sem margens para dúvidas.
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