Helena Pereira e Paulo Paixão receberam uma encomenda de quem manda nos jornalistas do «Expresso» (Pedro Santos Guerreiro?) e que podemos imaginar que terá sido algo do género: “vão lá entalar o Fernando Medina, que nós precisamos de convencer o Santana Lopes a concorrer à Câmara, ganhá-la e, assim, dar um passo de gigante para acabar com este governo”.
O resultado pode ler-se na edição de ontem à tarde e, provavelmente, também hoje na versão escrita. E a estratégia dos tarefeiros passou por isto: minimizar o essencial, que foi a anulação do concurso por manifesta golpada de um dos participantes, e inculpar Medina por não ter conhecimentos de engenharia necessários para perceber as limitações do pavimento escolhido pelo projetista.
Para tão iluminados escribas as coisas deveriam ser da seguinte forma: se eu encomendo uma ponte, tenho de ser engenheiro especializado nessas superestruturas; se quero enviar um satélite de comunicações para o espaço, devo ser um ás em Astrofísica; e se invisto num laboratório de investigação científica, exige-se que conte no curriculum com a descoberta da cura do cancro.
A realidade deveria cingir-se ao que fora o âmbito do concurso e o que sobre ele concluíra o júri independente, cujo relatório fundamentara a decisão do autarca. Os jornalistas, ou os seus mandantes, queriam muito mais: um título que derrubasse de vez a possibilidade de Medina voltar a ser o próximo Presidente da Câmara de Lisboa.
Claro que levaram a resposta que mereceram!
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