Sempre fui contra praxes e nunca vesti uniforme a que não fosse obrigado. Por isso mesmo tenho esperança de que este seja o primeiro de muitos anos em que sejamos poupados ao grotesco espetáculo de caloiros a serem humilhados pelos colegas mais velhos a pretexto de supostas «tradições de iniciação».
Nesse sentido a orientação dada pelo ministro Manuel Heitor aos reitores para que não reconheçam qualquer legitimidade a organizações de estudantes, que extravasem as suas Associações eleitas, tenderá a limitar essas ações, que há muito vinham a ser execradas pelos movimentos políticos mais à esquerda.
Mas, esta é também a época em que somos agredidos no campo visual por súcias de rapazes e raparigos vestidos com o chamado traje académico como se estivéssemos em pleno carnaval.
Esses jovens têm de perceber que entrar na universidade é algo de tão normal como o tinha sido a da sua escola secundária, não se justificando rituais nem palhaçadas que lhe deem cunho especial. A sua preocupação deve cingir-se `aquisição de mais e melhor conhecimento.
Para gente vaidosa, da estirpe daquele idiota, que telefonou ao pai todo entusiasmado por ter sido feito ministro, já tivemos que chegue. Livremo-nos de vez deste tipo de comportamentos, que acabam por ser de uma parolice sem limites.
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