A estratégia de Angela Merkel em promover a candidatura de Kristalina Georgieva ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas, é tanto mais indigno, quanto se tinha comprometido a não se opor à de António Guterres.
Uma vez mais a Alemanha considera legítimo que, dentro da União Europeia, seja ela a definir as políticas fundamentais a que os demais países se devem submeter.
Convenhamos que, acontecendo isso numa altura em que diversos povos estão a afastar-se cada vez mais do anterior entusiasmo pelo projeto europeu, esta atitude da chanceler só tende a consolidar essa tendência soberanista.
Ademais se, vista no contexto dos países do Norte contra os do Sul, se somar o escândalo em torno da antiga comissária holandesa da concorrência, Neelie Kroes, cujos comprometimentos com interesses financeiros durante o seu mandato foram agora conhecidos, podemos concluir que o crepúsculo da União Europeia tem sido seriamente acelerado por quantos dela se têm julgado donos.
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