Voltando à lógica do personagem criado por Bertolt Brecht sobre um operário letrado que colocava perguntas sobre uma realidade sobre que tinha suspeitas, mas ainda lhe faltavam certezas, aqui ficam quatro perguntas pertinentes a respeito do que por estes dias se vai passando:
1 - será que, depois do incêndio de Carcavelos e da queda do helicóptero do INEM, Marcelo continuará a pretender-se imparcial na disputa entre a Liga do sr. Marta Soares e o governo ou compreenderá que os portugueses não suportarão, que os duvidosos interesses económicos em torno das corporações de bombeiros voluntários ponham em risco a sua vida? E quanto tempo será preciso para que o ministério público investigue e esclareça os verdadeiros motivos porque os muitos Marta Soares mostram tanto “altruísmo” no comando dessas instituições, investigando todos os euros a elas entregues pelo Estado a título de subsídios e a forma como os aplicam?
2 - quando é que o ministério público abre uma justificada investigação sobre a proveniência dos milhares de euros, que os enfermeiros em greve alegam terem recebido numa suspeita subscrição pública para lhes facilitar uma luta virada fundamentalmente contra o Serviço Nacional de Saúde? Talvez assim se confirmem quais os verdadeiros interesses que andam a defender...
3 - quando é tomada uma posição incisiva contra os noticiários televisivos, que não só escamoteiam a ideologia fascista dos promotores do protesto dito dos «coletes amarelos» portugueses, como também tudo fazem para impelirem uns quantos incautos a ele se associarem?
4 - e porque, nessa tal tentativa de manipulação antigoverno, se associa o sindicalista dos polícias que organizou um concorrido encontro dos seus associados no principal Hotel da Costa de Caparica para apoiar Passos Coelho na sua conseguida tentativa para suceder a José Sócrates no governo? Porque aparece tal «sindicalista» tão preocupado com a forma como os colegas serão pagos quando tiverem de intervir contra esses fascistas, que se pressente serem-lhe simpáticos?
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