Horrível é o crime de que está a ser acusada uma alemã na casa dos trinta anos, por estes dias a ser julgada, e presumivelmente condenada a prisão perpétua.
Em agosto de 2014 juntou-se ao Daesh no califado sírio-iraquiano e não tardou a integrar a polícia dos costumes, que vigiava o vestuário e o comportamento das mulheres nos espaços públicos. Casando com um militante da causa, cuidou de comprar uma miúda de cinco anos no mercado de escravos alimentado pelas minorias religiosas subjugadas pela máquina de guerra da organização. A intenção era que a criança lhe fizesse os trabalhos domésticos, mas, decerto aterrorizada, a miúda urinava no colchão onde lhe permitiam descansar. Como castigo o casal acorrentou-a no quintal, deixando-a morrer à sede sob as elevadas temperaturas da região.
Aprisionada na Turquia, aonde se deslocara para renovar o passaporte, Jennifer foi devolvida à Alemanha, sendo-lhe inicialmente permitido que regressasse a casa na Baixa Saxónia, donde nunca desistiu de voltar a partir ao encontro dos antigos cúmplices.
Terá sido quando se acumularam provas do seu crime, que entrou no radar punitivo das autoridades. judiciárias. Mas será a prisão perpétua castigo merecido para quem demonstrou tanta falta de humanidade no seu fanatismo? Sou intransigente opositor da pena de morte, mas situações assim fazem-me vacilar a convicção.
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