segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A NATO como instrumento do Pentágono


De todas as organizações multinacionais existentes, a NATO é a que merece maior antipatia, por me obrigar - através dos impostos pagos anualmente! - a colaborar involuntariamente nos esforços de guerra norte-americanos de que ela é uma das mais relevantes ferramentas. Tenho-o aqui repetidamente defendido que, na altura do desaparecimento do Pacto de Varsóvia, o mesmo deveriam ter decidido os países europeus em vez de hostilizarem continuamente a Rússia cujo cerco pretendem concluir com a inclusão da Ucrânia na sua sinistra estratégia. Com tanta provocação ao Kremlin alguém com um mínimo de objetividade pode espantar-se com a decisão russa de recuperar a Península da Crimeia?

Trump, Macron, Merkel e May procuram convencer as respetivas opiniões públicas da existência de uma ameaça militar vinda do leste, e tão ou mais perigosa quanto a da época em que Khrushchov e John Kennedy quase estoiraram com o planeta por causa dos mísseis estacionados em Cuba. Sonegam-lhes até a informação de um decrescimento do orçamento militar russo em 20% no ano de 2017, o que denota exatamente o contrário do que enunciam como justificação para aumentarem os seus: nesse mesmo ano os gastos com a defesa nos países da União Europeia aumentaram em 3% relativamente ao ano anterior, quando já significavam 1,3% do respetivo PIB e constituíam o dobro do previsto para a muito mais urgente proteção ambiental.
Mas que dizer de quem se coloca a reboque do país mais agressivo das últimas décadas cujo orçamento militar consegue superar o da soma dos sete seguintes na tabela dos mais gastadores? O imperialismo norte-americano continua a ser a maior ameaça à paz a que aspiram os povos de todo o planeta e por isso mesmo deve ser denunciado e combatido...

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