Uma das mais significativas migrações humanas verificadas em África nas décadas mais recentes teve como protagonistas as populações dos quatro países, que viviam nas margens do lago Chade.
Em 1960 a sua área era de 25 mil km2, reduzindo-se hoje para um décimo, com as implicações consequentes na produção agrícola e pesqueira e na capacidade de sobrevivência das populações, por isso tentadas a mudarem-se para as grandes cidades.
No vazio deixado em tão vastas áreas proliferou o Boko Haram, um dos mais sinistros movimentos terroristas hoje em atividade. Razão mais do que bastante para fazer da recuperação do Lago Chade uma das prioridades políticas na região ou não tenham origem essas hordas assassinas na pobreza extrema a que se condenaram populações despojadas de qualquer esperança num futuro melhor. E por isso mais permeáveis a discursos apocalíticos em que a vida deixa de ter o sentido, que deveria ter...
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