1. Ainda a discussão sobre a resolução do Banif não tinha arrefecido e eis o Novo Banco novamente na berlinda por causa de mais uns milhões chorudos a terem de ser encontrados para lhe garantir o exigido aumento de capital. Desta vez sem se voltarem a pedir mais uns trocos aos contribuintes, mas com a sensação de ainda não nos ficarmos por aqui quanto às surpresas oriundas do setor bancário.
Qual castelo de cartas toda a narrativa criada pela direita para manter a ilusão de um país em crescimento da riqueza e do emprego vai caindo com tal fragor, que paulo portas já cuidou de se ir albergar sob chapéu mais eficiente do que o da liderança do CDS. A sua conhecida argucia já o terá levado a intuir, que os tempos não estão de feição para continuar com os seus sound bites de bom efeito, mas sem ponta de escrúpulo.
A situação económica, e particularmente a financeira, anuncia-se ainda mais exigente do que António Costa provavelmente conjeturaria encontrar, mas não lhe detetamos qualquer sinal de intimidação. Pelo contrário provém de várias direções os elogios sobre a coragem com que está a enfrentar estas primeiras, e enormíssimas dificuldades. Adivinha-se-lhe, pois, um futuro longo e radioso à frente dos destinos do país.
2. No «Diário Económico», Pedro Silva Pereira aborda os cinco principais desafios com que a União Europeia se confrontará durante o próximo ano. São eles: a crise dos refugiados, o terrorismo e as ameaças à segurança dos cidadãos, a reforma da União Económica e Monetária, o referendo do Reino Unido e a recuperação da economia e da convergência.
Curiosamente, o deputado socialista esquece um dos mais graves problemas europeus e que não tem sido enfrentado com a determinação necessária: as derivas totalitárias verificadas na Hungria de Victor Orban e na Polónia de Kaczyński.
Perante o sufoco em que vive a oposição, sem direitos de expressão nem de liberdade de imprensa, seria lícito exigir à Comissão Europeia sanções dissuasoras para outras aventuras de extrema-direita. Em nome da Democracia...
3. Em Inglaterra as cheias voltam a ser notícia e David Cameron vê-se em apuros: a oposição aproveitou para lhe atirar à cara com os cortes de 27% no orçamento destinado a combater tais ameaças.
Não é, pois, apenas em Portugal, que a direita está a enfrentar as consequências dos seus tão amados cortes nos orçamentos das rubricas essenciais para o bem público.
4. Os números continuam a assustar e a indignar: em apenas dois anos, entre 2010 e 2012, morreram cem mil elefantes africanos, quase todos por ação dos caçadores furtivos, que continuam a alimentar o mercado mundial do proscrito marfim.
Numa altura em que cresce a consciência da necessidade de se defenderem as espécies ameaçadas, tarda uma ação internacional eficiente contra a continuidade deste crime ambiental...
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