O artigo de João Galamba no «Expresso» de anteontem passou quase despercebido, mas vale a pena retomá-lo, porque demonstra três aspetos, que nunca são demais enfatizar:
1º - é o próprio Banco de Portugal a reconhecer, num seu estudo agora conhecido, que a taxa de juro portuguesa estaria bem acima dos 4,5% se o BCE não mantivesse a estratégia definida por Mario Draghi nos últimos dois anos. Ou seja, num patamar em que a necessidade de um segundo resgate se poria.
2º - é factualmente falso que Portugal tenha concluído o seu programa de ajustamento com sucesso, já que todos os objetivos pretendidos não foram alcançados;
3º - houve intenção do governo de passos coelho e de maria luís albuquerque em adiar a resolução dos casos BES e Banif para depois das eleições, de forma a não estragar a mentira da «saída limpa».
João Galamba dá assim razão a Mário Centeno, quando conclui que, “caídas todas as máscaras e levantados todos os véus, percebemos hoje que a expressão 'saída limpa' foi um resultado pequeno para uma propaganda enorme.”
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