quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A candidatura da Independência e da Cidadania

Uma das tentativas que, reiteradamente, tem sido feitas a respeito da candidatura de Sampaio da Nóvoa é a do seu suposto e excessivo alinhamento à esquerda. Essa tem sido, por exemplo, a crítica de uma das suas principais concorrentes que, nada tendo de substancial a propor aos eleitores, costuma justificar a sua incompreensível candidatura com a estratégia do empurrão a quem julga situar-se no seu espaço político.
Daí que os apoiantes do antigo reitor da Universidade de Lisboa devam acentuar a importância da independência da sua candidatura. Porque, ao contrário do candidato mais à direita, ele nunca apoiou partidos defensores do rumo austeritário seguido pelo país nestes últimos quatro anos, nunca compareceu nos respetivos congressos nem participou nas consequentes campanhas eleitorais. E, muito naturalmente, não tem o apoio contranatura de Passos Coelho ou de Paulo Portas. O que só o enaltece!
Ao contrário da candidata, que se afirma do centro-esquerda, nunca esteve alinhado com nenhum partido político, nem exerceu cargos de administração em empresas do setor bancário ou da área da saúde. Nunca se lhe conheceu situações comprometedoras de estar ao mesmo tempo num cargo (o de deputado numa comissão parlamentar) e de nele estar a defender os interesses dos grupos privados para que pudesse trabalhar.
Da mesma forma, em todos os cargos que exerceu nunca se lhe conheceu a falta de isenção demonstrada por essa mesma candidata, quando esteve na condição arbitral entre duas posições antagónicas dentro do seu partido.
A candidatura de Sampaio da Nóvoa proveio do espaço da Cidadania em que se reconhecem milhares de portugueses, para os quais o exercício da política não se esgota nos espaços partidários. E, por isso mesmo, merece o apoio de três antigos Presidentes da República, qualquer deles o mais diferente possível dos demais.
A seriedade de Ramalho Eanes, a visão de futuro de Mário Soares e a sensibilidade social de Jorge Sampaio conjugam-se na perfeição na personalidade e na biografia de Sampaio da Nóvoa. Não admira, pois, que ele mereça o apoio entusiástico da maioria dos que na Cultura, no Conhecimento e na participação cívica têm eles próprios um caminho sustentado.
Os apoiantes de Marcelo confundem-se com o lado kitsch da sociedade portuguesa, enquanto Maria de Belém tem a seu lado - e com algumas singulares exceções - os derrotados nas Primárias do Partido Socialista de há um ano atrás, e que viram nesta candidatura a possibilidade de uma desforra.
Se uns têm a ver com o país conservador, ainda condicionado pela herança diminutiva do regime fascista, os que tiveram por objetivo colocar pedras no caminho já difícil do atual primeiro-ministro não pensaram no Partido ou nos portugueses, porque os motivou os mesquinhos interesses pessoais.
Acima daquilo a que os franceses designam como “política politiqueira”, Sampaio da Nóvoa distancia-se dos jogos partidários e emerge como o único dos candidatos a estar em consonância com o país que quer andar para a frente, com mais crescimento e emprego, com mais qualificação e valorização dos cidadãos e com a audácia de voltar a fazer-se ouvir no meio do ruidoso concerto das nações…
Daí a importância de, a 24 de janeiro, fazer da candidatura de Sampaio da Nóvoa aquela que passará à segunda volta com as melhores possibilidades de garantir a vitória final...

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