A consolidação do novo ciclo político é uma das ambições assumidas pelo Prof. Sampaio da Nóvoa, sem que isso pretenda significar um alinhamento incondicional com o governo de António Costa, ao contrário do que irão tentar defender os seus críticos, que quererão contrariar a efetiva independência da sua candidatura..
É que o novo ciclo político não diz apenas respeito aos socialistas em particular, nem aos demais eleitores de esquerda, que exultaram com a viabilização do novo Governo. Este novo ciclo diz respeito a toda a sociedade portuguesa que anseia por um país mais próspero e onde não se continue a assistir à inaceitável sangria dos mais jovens e dos que maiores competências profissionais possuem e são forçados à diáspora.
A perspetiva de só ser possível governar com cortes nos salários, nas regalias sociais e nas pensões dos mais velhos, não é a da grande maioria dos portugueses como se viu nas eleições de 4 de outubro. E muitos dos que ainda votaram nos arautos da austeridade terão ido ao engano, porque apostaram objetivamente em programas políticos opostos aos dos seus interesses. Por isso mesmo serão estes últimos os que mais facilmente compreenderão, a curto e a médio prazo, como estavam enganados. Até porque esses mesmos ideólogos do austericídio não terão o mínimo pudor em voltarem a ser os maiores defensores do que antes execravam!
O novo ciclo de que fala Sampaio da Nóvoa é, pois, o de um país encarrilhado novamente na direção do destino, que lhe é prometido pela aposta no conhecimento, na inovação e na aposta das capacidades empreendedoras de tantos portugueses.
Não podemos esquecer que, apesar de terem a boca cheia de apostas no empreendedorismo, não houve nenhum resultado prático das promessas feitas pelo anterior governo aos apoios, que iria investir em projetos inovadores, porque no essencial limitou-se a beneficiar as grandes empresas, quase todas detidas por acionistas, se não mesmo por Estados estrangeiros.
O que Sampaio da Nóvoa porém realça é a intenção de sempre respeitar as escolhas feitas pelos portugueses nos atos eleitorais em que manifestem as suas opções. E a realidade presente é a de um governo com uma maioria parlamentar, que ele respeita e secunda, com a sua cooperação institucional.
É que outro valor essencial defendido pelo futuro Presidente da República é o da estabilidade: só com ela haverá possibilidade de proceder às reformas, às mudanças e à capacidade de projetar Portugal para aquilo que os portugueses necessitam.
Mas tratar-se-á de uma estabilidade, que não significa estagnação. Deverá ser uma estabilidade necessária para criar as condições para um Portugal diferente. Porque temos todas as condições para isso: os jovens qualificados, a nossa ciência, os empresários competentes ansiosos por se libertarem das burocracias.
Trata-se, pois, de conjugar e potenciar essas energias de mudança e mobilizá-las para que se cumpram as melhores esperanças dos que já quase as haviam perdido...
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