Jaime Santos continua a ser um dos mais ativos críticos do que neste blogue se vai publicando. A respeito do post sobre a perigosa jogada de Theresa May reagiu assim:
“Pois, só que o meu caro avança em alternativa com um conjunto de explicações bem mais inverosímeis. Não lhe falta imaginação... MST limitou-se a colocar perguntas. O meu caro atravessa-se e dá-lhes resposta…
De novo, trata-se de despachar o óbvio com racionalizações. O problema das conspirações é que elas exigem votos de silêncio de muita gente. Acredita que isso é realmente possível?
Perante a incompetência demonstrada por Theresa May e Johnson, torna-se difícil de conceber como terão eles a perfídia para tão vasta maquinação... Não conseguem negociar um Brexit de jeito, já reproduzir um agente químico russo e utilizá-lo para eliminar duas pessoas escondendo tal crime de toda a gente, isso não é problema de maior... E o MI6 lá estará para dar a devida ajuda…
Perante tal hipótese, convenhamos, a explicação alternativa, da responsabilidade russa na tragédia (ou do roubo à Rússia do dito agente químico) leva a palma no que diz respeito ao princípio da parcimónia... Só que a máxima de Guilherme de Occam não é muito popular nas pessoas nos extremos do espectro político, bem sei…
Não há, claro, provas cabais conhecidas de que tenha sido a Rússia a responsável pelo atentado, ou mesmo que o agente químico seja proveniente de lá. Mas também não há nenhuma razão para pensar que o Governo Russo não continue a agir da mesma forma, que mistura irresponsabilidade e incompetência, como agia o governo da URSS... As potências imperiais a comportarem-se como potências imperiais…
Convinha finalmente que se lembrasse que Putin tem dado cobertura a Le Pen, Salvini e outros, que não são propriamente recomendáveis. Se calhar, ele não fez nada e acha apenas que basta dar-nos a corda com que nos enforcaremos...
Mas, mesmo que isto seja só assim, é triste o tempo que muitas pessoas que se declaram muito progressistas perdem ao defender tal pessoa e o seu regime…”
Obviamente que se da leitura do meu texto pode ficara impressão de terem sido os medíocres Theresa May e Boris Johnson os «cérebros» dessa maquinação penalizo-me pela ideia errada assim transmitida. Do que não duvido é da existência de eminências pardas por trás de muitos dos regimes, de que só vemos os testa-de-ferro. E sim, a possibilidade do MI5 e do MI6 estarem em permanente concertação com a CIA para mobilizar os incautos eleitores europeus em torno de fake news judiciosamente distribuídas por «jornalistas» a eles avençados.
Não estamos a inventar nada que não esteja devidamente demonstrado em irrefutáveis factos históricos, que só confirmam muito do que podemos ler nos romances de John Le Carré.
Quanto a Putin o Jaime apressa-se a ver em mim um seu defensor ideológico, apesar de poder constatar em muito do que aqui se escreve uma posição crítica sobre as suas opções ideológicas. Mas isso não me impede de compreender muitos dos seus atos a exemplo de um jogador de xadrez que, confrontado com um jogo adverso, recorre à astúcia possível para evitar o xeque-mate.
António Pereira concorda com as críticas aqui inseridas contra as direitas, que insistem nas suas fórmulas ultrapassadas e desenvolve a tese da sua urgente adequação aos novos tempos:
“Como bom catalisador, o tempo, faz vir ao de cima a imensa sujeira que o CDS e o PSD nos quiseram impor, e que teimam ainda fazer crer que é uma boa ideia, repetindo a mesma receita que a IURD e outras utilizam, capitalizando junto dos seus adeptos, simpatias que apenas se suportam na cegueira de uma realidade que teimam não querer ver. O fanatismo faz-lhes mal e a permanência na mesma cartilha sem revisão, revela quão distraídos andam. Modernizem-se, e aprendam a saborear todos os pequenos avanços que a sociedade Geringonçada lhes proporciona, restaurando o poder de compra, o emprego, e as demais e saborosas recuperações, efectuadas na vida nacional. Deixem de ter medo da ESQUERDA que apenas deseja ser útil, num país já cansado de uma Direita macilenta e empoeirada que tem os olhos a apontar os sapatos, por ter a cabeça pesada. Os modelos políticos precisam também de ser profundamente revistos, adaptando-se à modernidade de um terceiro milénio e de uma nação que esgotou as fórmulas anteriores e deseja sentir-se liberta dos conceitos esclavagistas de ontem e quer preparar-se para explorar o riquíssimo Universo Exterior, com um grau de competência que os Velhos do Restelo cimentaram na prática governativa e precisa urgentemente ser erradicado.”
No mesmo sentido, José Alagador considera inevitável o banho de realidade a que Marcelo terá de se sujeitar:
“Marcelo só tem que se render à evidência... Os portugueses não são burros, e por isso já se aperceberam que a atual governação é aquela que melhor lhes defende os direitos... Quanto ao PSD/CDS estamos conversados, já sabemos o que pode vir daqueles partidos, mais do mesmo em relação ao que nos deram enquanto governaram de 2011 a 2015: mais cortes nos rendimentos (vencimentos e pensões), mais pobreza, mais emigração, enfim para essa desgraça já bastaram aqueles 4 anos…”
Igual reação é a de Américo Venâncio, que manifesta um otimismo sobre o futuro da atual maioria parlamentar capaz de exceder o meu.
“Não quer mas tem de querer. O Presidente não pode fazer alterar a vontade do eleitorado, nem com beijos nem com selfies nem com muitas coisas mais... O eleitorado é soberano e vê-se muito bem que o dr costa com a sua maneira de fazer politica e com os resultados que tem tido vai ganhar com maioria e mais a mais com uma oposição toda esfrangalhada e o maior descredito que há memoria nas hostes da direita. Posto isto é inevitável a maioria. Penso que o PS, mesmo com maioria vai continuar aliado aos seus companheiros de esquerda, que tão bom resultado tem tido, apesar das picardias que de vez em quando existem, o que e natural e ate salutar. O dr Costa tem dito que continua com eles e eu acredito que sim ate porque esta em causa a PAZ social. Em equipa que ganha não se mexe Creio que de uma vez por todas vão conseguir MUITOS BONS RESULTADOS.”
Inicia-se neste formato uma rubrica sobre os comentários dos nossos leitores aos textos aqui publicados e que já vinha sendo ensaiada em ocasiões anteriores.
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