1. Não foi só o país que Passos deixou num estado calamitoso: Rui Rio encontra o PSD com um passivo de 10 milhões de euros.
2. Aonde estão as camisolinhas amarelas, que enchiam as ruas de Lisboa para que prosseguisse o esbulho de dinheiros públicos nos colégios privados? O que agora se sabe da gestão do grupo GPS revela o quão boa era a vida de quem os geria na lógica de levar vida faustosa com os contribuintes a pagarem-lhes os luxos.
3. A exemplo de Ricardo Costa ainda não li «The Great Leveler», ensaio no qual um professor de Stanford, Walter Scheidel, conclui que a correção das desigualdades mais gritantes só é conseguida com guerras, colapsos de Estados, pragas, fomes … e Revoluções. Ora precisamente foi isso que terá concluído Salvador Allende, quando perdeu as ilusões de uma viragem pacífica para o socialismo. Como diria o outro, a Revolução não é nenhum convite para jantar, e a evolução da luta de classes tenderá a demonstrá-lo!
4. Até Pedro Santos Guerreiro, no seu ensimesmado reagir, tem de o reconhecer: com este governo a massa salarial está a subir 7,6% e as receitas do IVA 6,1%. Se isto não é crescimento, que nome lhe atribuir? Há muito tempo que a relação entre os rendimentos do Capital e os do Trabalho não conhecia a necessária inflexão de ver estes últimos a reduzir a obscena distância, que os separam dos primeiros.
5. Enquanto uns histéricos andam por aí a agitarem-se como pirómanos da diplomacia, Macron mantém a prevista visita de Estado a Moscovo e Merkel aprova o gasoduto entre a Rússia e o Báltico. O fogo-de-artifício anti russo vai-se esgotando à medida que os negócios voltam a falar mais alto.
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