Os resultados nas eleições municipais na Finlândia confirmaram a quebra dos eurocéticos de extrema-direita. Os Verdadeiros Finlandeses, conhecidos pela xenofobia para com os refugiados e para com os povos do sul da Europa, perderam metade do anterior eleitorado, quedando-se pelos 8%, enquanto conservadores e sociais-democratas se equipararam nos 19/20%.
A grande subida dos Verdes confirma o que as eleições holandesas tinham anunciado, com o ressurgimentos dos que manifestam grandes preocupações com a sustentabilidade do planeta numa altura em que a Casa Branca contraria essa tendência.
Tenho-o dito e redito: ao contrário do que muitos comentadores têm defendido nos últimos meses, o Brexit e a eleição de Trump constituíram o pico de uma forma de fazer política condenada a mergulhar na sua descredibilização. Os entusiasmos nacionalistas vão sendo refreados pelo desconcerto dos que abocanharam o poder em Londres ou em Washington e parecem baratas-tontas sem saberem propriamente o que com ele fazer.
Tal como o pai, Marine Le Pen assustará nas eleições das próximas semanas, mas conhecerá uma derrota humilhante nas legislativas do verão. A sua émula alemã dificilmente conseguirá alcançar o patamar necessário para ter representantes no Bundestag. E, quer na Hungria, quer na Polónia, quer na Turquia, os ditadores de serviço tenderão a ser ruidosamente contestados nas ruas, perdendo aquele fulgor vitorioso, que pareceria irreversível, e afinal vai conhecendo os seus reveses.
Saibam os socialistas encontrar no exemplo português o modelo bem sucedido, que possa atirar par ao lixo os de cariz austeritários, e a Europa dos burocratas ainda poderá ser corrigida para a dos seus cidadãos...
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