Não é que o Fundo Monetário Internacional seja instituição merecedora de grandes expetativas quanto aos objetivos da sua atividade, mas decerto só piorou com a entrada de Vítor Gaspar para um dos seus cargos mais problemáticos: o de produzir ideologia sob a forma de pareceres e «estudos».
Agora, na pouco recomendável companhia de um espanhol há anos conhecido por mediática burla, publica um livro, em que defendem a secundarização da Democracia (a vontade livremente expressa pelo povo através do seu voto) espartilhando-a em tão enleado novelo que, na prática, a política seja um logro, só tendo cabimento as ordens dos Schäubles de serviço.
Trata-se, no fundo, de teorizar, e apresentar como inevitável o que sucedeu ao povo grego, cuja vontade eleitoral, traduzida no apoio ao Syriza de nada valeu, porque o colete de forças a que sujeitaram Tsipras e o seu governo tem-no obrigado a «governar» como se de um qualquer outro governo de direita fosse.
Há gente demasiado perigosa para os deixarmos tomar conta de instituições onde nos podem fazer extremamente mal. Gaspar junta-se a Dijelsselboem e ao ministro das finanças de Angela Merkel como exemplos lapidares de quem Karl Valentim não enjeitaria questionar: e não se pode exterminá-los?
Como não é de bom tom reclamar a solução física explicita pela questão valentiniana, valerá a pena lançar uma enorme barreira de denúncia, quer mediática, quer pelas redes sociais, a desmascarar tais figurões como equivalentes aos piores vilões da Marvel.
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