Esta manhã acordámos com mais uma «boa» notícia relativa à descida da percentagem de população desempregada no país. E os jornalistas, que apresentaram os diversos serviços noticiosos das televisões conseguiram transmitir a «informação» sem sequer corarem de vergonha. Muito embora saibam bem das vigarices inseridas na gestão desses números pelo INE de forma a parecerem favoráveis ao governo.
Não interessa que a mentira tenha perna curta, que haja muita gente a lembrar os que já deixaram de procurar emprego por não encontrarem forma de o alcançar, ou os que emigraram, ou ainda os que andam entretidos em cursos sem qualquer garantia de lhes acrescentarem competências, mas assim retirados das incómodas estatísticas.
Daqui até às eleições temos a estratégia do vale tudo. Conquanto haja hipóteses de enganar os mais desarmados quanto às formas de manipulação a que são sujeitos, e por isso acabem por votar contra os seus interesses, não faltarão outros exemplos de tanta falta de escrúpulos.
Senão atenhamo-nos no célebre relatório emitido pela Inspeção Geral de Finanças, e que foi “vendido” como “demolidor” para com os serviços da Autoridade Tributária tutelados por paulo núncio, mas que o ilibava totalmente das responsabilidades quanto ao que de mal se passava com os seus subordinados.
Como poderia ser de outra forma?! O relatório até serviu para os mais crápulas atribuírem ao governo de José Sócrates as culpas pelo sucedido nestes quatro anos, como se tivesse sido ele a ter a responsabilidade política e operacional sobre tais serviços.
Foi, pois, sem surpresa que soubemos agora que a responsável pela investigação era, até há poucos meses, a adjunta do secretário de estado leite martins no ministério das finanças, sendo pois uma colega próxima do mesmo paulo núncio. Como poderia ter feito um relatório que o pusesse em causa.?
Os mais moderados chamar-lhe-ão “conflito de interesses”. Eu, que sou desbocado, digo que se tratou de mais uma vigarice...
Sem comentários:
Enviar um comentário