É devastador o diagnóstico agora denunciado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde no seu Relatório de Primavera.
Não é que os sucessivos cortes no Serviço Nacional de Saúde e a contínua desconsideração do ministério de paulo macedo para com os profissionais sob a sua tutela, não o fizessem prever. Mas alguns dados impressionam pela dimensão criminosa atingida com esta coligação de direita, responsável por tantos tratos de polé a uma das mais apreciadas conquistas de Abril.
No documento em causa ficou-se a saber que há quase 50 mil pessoas acamadas a viverem em casa por não terem lugar nos hospitais públicos, onde receberiam os cuidados devidos.
Há nove anos o governo de José Sócrates criou a Rede Nacional de Cuidados Continuados e Integrados para solucionar este problema. Ora, o governo de passos & Cª só consegue dar resposta a menos de 30% das necessidades rastreadas
Noutro setor fundamental, o da saúde mental, concluiu-se que muitos dos doentes carecidos das consultas correspondentes aos seus problemas não comparecem por não terem dinheiro para os transportes. Assim, desde esquizofrénicos a autistas, há um défice enorme entre os cuidados aconselháveis e os realmente facultados.
Outro indicador eloquente é o do número de consultas nos Cuidados de Saúde Primários, que tem conhecido uma redução contínua fixando-se num número per capita que é muito inferior à da média da CEE.
Conclui o Relatório: “Os portugueses ainda têm acesso aos cuidados de saúde estatais, apesar de esse direito estar ameaçado se não forem acionadas medidas que corrijam muitas das debilidades encontradas.”
Um desafio que fica para ser resolvido pelo novo governo...
Sem comentários:
Enviar um comentário