Neste fim de semana tomaram posse em Espanha oito mil novos autarcas, muitos dos quais integrados nas coligações que o PSOE, o Podemos e outras formações nacionalistas e independentes negociaram para barrar a continuidade da gestão do PP em muitas das 37 capitais de província do país, que passaram a dirigir. O resultado desta nova realidade espanhola é a de uma crise imprevisível na direita, que arrisca ter um resultado historicamente mau nas legislativas marcadas para o final do ano.
Seria bom que soprassem tais bons ventos para este lado da fronteira. Poder-se-iam, então, encarar as próximas legislativas com outra expectativa, pois ter-se-ia a certeza de que o Bloco de Esquerda e o PCP deixariam de ser idiotas ao serviço da direita para obstarem ao sucesso de um governo de esquerda. É que confrange ouvir os propósitos falaciosos de Catarina Martins ou Jerónimo de Sousa para iludirem a realidade dos factos: preferem ter passos coelho e paulo portas no poder do que o Partido Socialista.
É por isso mesmo que se justifica o apelo ao voto útil dos simpatizantes comunista e bloquistas no PS se quiserem libertar o país do austericidio a que tem sido sujeito.
Enquanto à sua esquerda António Costa só encontrar quem se conforta no inócuo protesto em vez arriscar a participação numa solução de governo, só lhe resta apelar à maioria absoluta...
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