Na edição de ontem do «Inferno», o imprescindível telejornal do Canal Q, ouvi um insulto, que se ajusta bem a cavaco silva e ao seu discurso no 10 de junho: quando está calado parece mesmo um poeta. Porque vir alinhar os quatro grandes objetivos de quem vier a governar depois das próximas legislativas não lembra senão à sua enferrujada mente. Tanto mais que eles não contemplam aquele que deve ser o objetivo fundamental: melhorar a qualidade de vida dos portugueses, garantindo-lhes emprego, salário decente e serviços públicos de acordo com as regras constitucionais. Associar esse objetivo ao resto - equilíbrio das contas públicas, competitividade, fiscalidade e redução da dívida - é arte que só os socialistas estão nesta altura em condições de garantir.
Tendo escolhido prolongar o sacrifício dos portugueses ao máximo, obrigando-os a suportar passos coelho e portas muito para além do que seria admissível, não cabe a cavaco silva dar palpites sobre o que deverá ser o nosso futuro. Porque ele comprova aquilo que o poeta Al Berto escreveu um dia: os dinossauros não se extinguiram, estão entre nós.
Se muitos evoluíram para a condição de homo sapiens, houve quem ficasse na condição de velociraptores malévolos, mesmo que artríticos, como acontece com o (ainda) inquilino do palácio de Belém.
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