Volto aqui a lembrá-lo: não fui desde sempre um entusiasta da estratégia política de José Sócrates: em 2004, quando concorreu pela primeira vez a secretário-geral do PS, optei por Manuel Alegre, em quem pressentia uma posição ideológica mais á esquerda.
A minha transformação em incondicional socratista aconteceu nos anos seguintes: o seu projeto visionário para transformar o país através da aposta na qualificação dos jovens e dos menos jovens, nas energias renováveis, na simplificação dos procedimentos administrativos do Estado e no investimento na ciência, convenceram-me das potencialidades do seu projeto. Por isso mesmo, logo em 2005, já me exprimia onde podia enquanto apoiante entusiasta da sua Visão de futuro.
Fica, assim, explicada a indignação com que fui assistindo, ano após ano, à tentativa contínua de assassinato político, alimentada à custa de muitas mentiras e difamações. E ainda mais me custou reconhecer que tal campanha foi sendo orquestrada num evidente conluio entre a direita e os comunistas, que não tiveram pejo em servirem-se dos professores para levarem por diante o objetivo de derrubarem Sócrates.
A infâmia cometida por uns medíocres acobertados numa falsa sensação de poder mais não é do que o corolário de um esforço que os seus inspiradores ter-se-ão iludido em julgar irrevogavelmente vitoriosa.
Desconhecem eles que a vitória numa batalha não lhes pode evitar a derrota na guerra. E a enorme coragem agora demonstrada por José Sócrates será argumento definitivo para derrotar definitivamente os cobardes que o quiseram amesquinhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário