Uma das decisões de última hora tomadas pelo governo de passos coelho antes de ser corrido para o merecido caixote do lixo, foi a entrega à Fundação do Pingo Doce de uma renda significativa sob a forma da concessão do Oceanário nos próximos trinta anos.
Recordemos que, em 2014, os lucros conseguidos por esse equipamento ascenderam a 1,49 milhões de euros, o que justificou o cálculo de uma privatização com um encaixe da ordem dos 40 milhões de euros para o Estado. Afinal, a família soares dos santos acabou por ter um desconto de 40% nessa previsão inicial, pagando agora 24 milhões por um negócio, que sabe ser bastante rentável.
Cumpre-se, assim, mais um passo no esforço ideológico de privar o Estado de outras receitas regulares, que não as advindas dos impostos, de forma a justificar-lhe a reduzida dimensão, sobretudo nas áreas sociais.
Com uma cereja no topo do bolo: quando o negócio já se revelar esgotado e o edifício necessitar de manutenção, os concessionários entregam-no ao Estado para que seja ele a arcar com tais despesas.
Se isto não é uma prova de políticas danosas para o bem público não sei que outras melhores se poderão evocar!
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