terça-feira, 21 de agosto de 2012

Política: Aonde é que ganhámos?


O discurso de Passos Coelho no Algarve ainda está a causar celeuma junto dos colunistas, que vão publicando textos nos jornais portugueses. Assim, no «Jornal de Notícias», o antigo líder da CGTP, Carvalho da Silva, interroga-se: Como pode Passos Coelho dizer que "no mais importante ganhámos" perante a violenta destruição de emprego, que num ano atingiu mais 205 mil pessoas, ou quando temos 827 000 desempregados e cerca de 1,3 milhões de desempregados e subempregados?
A política de terra queimada em que este Governo tem sido tão pródigo também encontra amarga expressão nas energias renováveis de que os seus ministros nunca foram grandes entusiastas.
Nesse sentido até contrariam a estratégia da srª Merkel, que está a promover um intenso crescimento dessas formas de energia para substituir tão rapidamente quanto possível o obsoleto parque de centrais nucleares do país. E julgam ainda ter suporte em quem demagogicamente andou a disseminar mails, twitters e outras mensagens destinadas a virar os consumidores contra as verbas inseridas nas suas faturas a título de subsidiarização da energia verde.
A estupidez de quem andou a apoiar essa campanha de diabolização das energias renováveis - verdadeiramente criminosa! - ainda lhes irá amargar a boca em função dos custos a pagar pela excessiva dependência das provenientes de origem fóssil. E, no entanto, quão meritório foi o trabalho dos governos de José Sócrates para desenvolver alternativas avançadas para a estratégia energética nacional: em 2010 Portugal chegou a ser  o quinto país europeu com maior utilização de energias renováveis, com 25% do consumo a ter proveniência em fontes ambientalmente limpas.
Hoje ao deitar a perder todo esse esforço nacional, o governo de Passos Coelho põe em risco os 130 mil empregos que, direta ou indiretamente, provém desse tipo de atividade.

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