quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Um documentário de Jens Peter Behrend sobre a Atlântida (3)


No final da Idade do Bronze Cnossos era a cidade mais grandiosa da época. Só o palácio do rei Minos contava com mais de mil e duzentas divisões!

Agora os cientistas da expedição dirigida por Hubscher pretendem depositar sismógrafos no fundo do leito do Mediterrâneo para aí medirem as ondas provocadas por uma explosão a deflagrar a cerca de 100 quilómetros ao sul de Ancara.
Floyd McCoy, que procura vestígios não só em Creta, mas também em Santorini, não tem dúvidas quanto a responsabilizar os efeitos causados pela explosão do vulcão situado nesta última ilha enquanto responsável pela tragédia, que se abateu sobre Cnossos ou na vila costeira de Iliki, totalmente tragada pelas vagas. Uma tese, igualmente, subscrita por arqueólogos israelitas a contas com a descoberta de vestígios dos efeitos dessa mesma explosão nas costas do seu território.
Quando inventou a civilização atlântida Platão quis oferecer aos seus compatriotas o exemplo de como não se deveriam comportar, optando por modelos de vida mais conformes com a sustentabilidade dos meios então disponíveis.
A visão do documentário de Behrend não nos deve interessar apenas pelo desmentido à tese acarinhada por uns quantos lunáticos quanto à localização açoriana do continente desaparecido nas águas. Deixemos essas teses á imaginação delirante de autores de banda desenhada como foi o caso com Edgar Pierre Jacobs.
Mas a lenda faz todo o sentido quando o a moeda única se afunda, a miséria e o desemprego comprovam os ínvios caminhos percorridos pelos governantes europeus e o degelo súbito dos gelos da Groenlândia demonstra que o perigo é, para além de económico e social, do próprio ecossistema terrestre.

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