Já poucos contestam que, nas nossas atuais sociedades, a fortuna está concentrada nas mãos de uma ínfima minoria, enquanto as classes médias vão desaparecendo.
Se talvez ainda seja exagerada a consagração da fórmula 99% contra 1%, a verdade é que a situação suscitada pela crise financeira de Setembro de 2008 atirou para a miséria mais extrema quem sempre cumprira as regras do jogo e até condenara quem se opunha ao sonho americano. Aumentando o fosso entre ricos e pobres...
Hoje é evidente que a ínfima elite da City londrina ou de Wall Street despreza as consequências da sua avidez e mantém os jogos especulativos em que se especializou.
Não compreendem assim que a cólera está a aumentar em quem vê os governos a salvarem os bancos e a distribuírem os custos daí decorrentes para cima das costas dos contribuintes. Que vão compreendendo como os ricos praticam uma obscena evasão fiscal assente em paraísos cuja extinção surge como necessidade óbvia para uma cada vez mais alargada maioria.
A neoliberalização só significou a privatização de bens (a água por exemplo) ou serviços públicos (a educação, a saúde) que nunca deveriam sair da sua alçada.
E um clamor indignado cresce por todo o mundo ocidental...
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