Traduzindo os desejos por realidades alguns comentadores da nossa vida política vêm aventando a possibilidade de António Costa ter passado uma rasteira a Pedro Nuno Santos ao atribuir-lhe o Ministério das Infraestruturas e da Habitação. Como se o primeiro-ministro tivesse o mau feitio de perder tempo a conjeturar ideias quanto à forma de prejudicar camaradas de Partido. Quem, a esse propósito, alegue o afastamento de António José Seguro, nunca compreenderá as razões, porque, na altura certa, manifestou a intenção de se tornar secretário-geral do Partido. Ora, se nunca compreenderam, ou quiseram compreender, não é agora que passarão a olhar para a realidade de outra forma, que não sob a sua deformada lente. Sobretudo, porque todos coincidem com quem muito desejava, que Passos Coelho, Assunção Cristas e a sua corte continuassem a infernizar a vida aos portugueses para seu próprio benefício.
Adiante. A promoção a ministro de vários socialistas ainda há pouco acabados de entrar nos quarentas, denota a capacidade de rejuvenescimento do Partido, que enfrenta o futuro com um conjunto de quadros políticos muito bem preparados para manterem os rumos da governação. E Pedro Nuno Santos é, entre eles, um dos mais destacados, não só pelo que já demonstrou conseguir - a preservação da convergência das esquerdas parlamentares - mas também por ser quem revela um pensamento mais estruturado sobre como evoluirá o país e a Europa nos anos vindouros. e quais as melhores estratégias para a melhoria progressiva da qualidade de vida e das potencialidades competitivas dos portugueses.
O que os comentadores em causa querem ignorar é a herança de Pedro Marques prometer ser pródiga: depois de ter entrado para o governo sem nenhum projeto preparado para ser lançado ao abrigo dos programas europeus, esteve estes três anos a lança-los, a confirmar a sua exequibilidade e efetivo benefício para o futuro dos cidadãos dando-lhes mais recentemente o impulso decisivo. Se alguns caricaturam injustamente o ministério de Pedro Marques servindo-se do tal comboio afetado pela perda do motor, a realidade é a oposta: o próximo deputado europeu - e quiçá substituto de Carlos Moedas na Comissão Europeia! - criou uma locomotiva de investimentos bem sucedidos, agora já em velocidade crescente e, muito em breve, a alcançar a de cruzeiro. No ano em curso teremos a oportunidade de ver a obra preparada pelo governo socialista ao longo destes três anos e que irá demonstrar como o país se prepara para enfrentar com sucesso os desafios do futuro
E será Pedro Nuno Santos a beneficiar dessa dinâmica, que por certo se incumbirá de acelerar...
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