terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O que se esconde por trás da guerra americana à Huawei


Um ditado chinês diz que quem quer matar o próprio cão, trata primeiro de dizê-lo com raiva.
O exemplo aplica-se, na perfeição, aos norte-americanos que sabemos tudo espiarem através da tecnologia existente nos nossos telemóveis e muito justamente denunciada por Edward Snowden. Não deixa de ser, por isso paradoxal a guerra movida pela Casa Branca contra o gigante chinês de telecomunicações, Huawei, a pretexto de inserirem nos respetivos equipamentos 5G programas destinados a ... espionagem.
Tivessem os políticos norte-americanos sido bem sucedidos no intento de fingir a seriedade dos propósitos das suas mais clandestinas agências, ainda poderíamos dar-lhes algum benefício da dúvida a respeito da legitimidade para fazerem tal acusação. Mas com tão comprometedor passado, quem querem eles enganar? Porque, olhando para as ações do tão incensado Barack Obama, sabemo-lo culpado de algumas das decisões mais consonantes com o seu efetivo ideário imperialista. Quem nele viu uma pomba merecedora de injusto Nobel, não estava a ver o falcão, que se escondia no seu sorriso hipócrita!
Ademais existe outra razão para os EUA moverem uma guerra intensa contra os equipamentos chineses: é que são eles os que agora estão mais avançados tecnologicamente, prometendo a rápida transformação das sociedades por conta da capacidade para a transmissão de fluxos mais rápidos e incomparavelmente volumosos de dados. E o mesmo se passa noutras áreas científicas: confirmando a aceleração com que estão a avançar para serem a primeira superpotência a nível mundial, os chineses não encontram quem com eles se equipare em inovação e conhecimento. O que muito custa aos governantes norte-americanos, apenas apostados em venderem tão cara tanto possível a inevitável derrota e declínio.

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