Um edifício de cinco pisos nas Ilhas Caimão é a sede de 18 mil sociedades. A seu respeito Barak Obama disse em 2008 que “ou é o edifício mais alto do mundo ou o maior estratagema fiscal de que há registo.”
Não constitui propriamente uma surpresa, que aí «funcione» o Grupo Apollo, que pagou 425 milhões de euros à Fidelidade pelos 271 imóveis, que a companhia seguradora quis vender da sua carteira. Os inquilinos residentes em tais edifícios - e que se espalham por quarenta concelhos do país, têm a contagem decrescente a contar para se verem afastados daquelas que julgavam ser a sua residência duradoura.
Demonstração plena dos efeitos das privatizações, que só favoreceram os que delas retiram obscenos lucros, esquecendo as consequências sociais de quem delas figura como vítima. Como por exemplo a idosa entrevistada pelo «Público» e de quem inseriu a fotografia ao lado, que terá de sair até ao final do ano da casa onde viveu nos últimos cinquenta e seis anos
Dado que a venda da Fidelidade à Fosun aconteceu em 2014, quando o governo PSD/CDS cuidava de infernizar a vida de tantos portugueses, é de uma enorme hipocrisia, quando ouvimos os seus responsáveis invocarem a sua sensibilidade social...
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