Embora não acompanhe os canais televisivos, que estão a prolongar o caso Robles, mesmo depois dele ter-se tornado pólvora seca para quem o estava a utilizar, é odiosa a tentativa de associarem políticos de esquerda a bens, que supostamente não deveriam ser seus, porque os «denunciantes» - diria mesmo os «bufos» - exigiriam deles uma irrepreensível pobreza franciscana.
Descobriram assim que Catarina Martins é sócia numa empresa de restauro de habitações degradadas a serem reutilizadas em novas unidades de turismo rural. Se assim é só merece o meu aplauso.
O que é inaceitável nesses «jornaleiros de vão de escada» é o quererem impor o pressuposto de só quem está politicamente à direita usufruir de casas, carros e outros bens, que consideram legítimos apenas em quem é de direita.
Nas redes sociais José Gabriel dispõe-se a dar-lhes uma lição sobre o que diferencia quem é de esquerda e quem é de direita, excluindo obviamente o que têm ou deixam de ter: «Ó gente da direita analfabeta, a luta de classes não é entre bons e maus, entre pobrezinhos e ricos, mas o antagonismo entre as classes matriciais de um dado modo de produção que dela decorre e tem reflexos económicos, políticos, ideológicos que em muito determinam as opções dos cidadãos.»
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