terça-feira, 28 de agosto de 2018

As direitas e os seus tiques fascizantes nos media


Vai por aí uma campanha intensa, fundamentada numa reportagem da TVI, sobre a má aplicação de dinheiros públicos e donativos para os prejudicados com o incêndio de Pedrógão Grande no ano transato. As direitas, de que o antigo canal da Igreja, se faz porta-voz entusiasta, continua sem digerir bem que uma Câmara anteriormente enfeudada ao seu lado da trincheira política, tenha virado à esquerda, de nada tendo valido então, que muitos dos donativos tenham sido entregues então à Santa Casa da Misericórdia local comandada pelo cabeça-de-lista do PSD às mais recentes autárquicas. E que a brasileira do CDS continue a falar para os poucos, que ainda a aturam, não constituindo mais-valia, que se veja para os que a julgavam fadada a papel de relevo nos anos que virão.
Como António Costa já desmascarou apenas duas denúncias dizem respeito a dinheiros supervisionados pela sua tutela. E as situações ilícitas em curso de investigação pelo Ministério Público muito deverão à pressa imposta por vozes insensatas, que, no calor dos acontecimentos, exigiam pronta resolução dos problemas rastreados. Ora, como diz um ditado bastante sensato, “depressa e bem, não há quem!”.
Culpe-se, pois, Marcelo, a referida brasileira e todos quantos patrocinaram a histeria verbal de então e que obrigou a avançar com verbas sem as devidas cautelas, que só investigação criteriosa e demorada poderia consolidar.  Curiosamente o próprio Marcelo mostra-se agora cuidadoso em evitar conclusões precipitadas desalinhando-se dos que, agindo mentalmente com fundamentos fascizantes, se apressam agora a agarrar no caso para mais uma campanha antipolíticos, numa imitação de tantas outras, que levaram às sinistras governabilidades atualmente sofridas por húngaros, polacos, italianos.
A realidade demonstra que os oportunistas imitam os ladrões: quando a ocasião se proporciona aí estão eles a aproveitarem-se. E esse comportamento nada tem a ver com a «corrupção» dos políticos. Veja-se o caso das fraudes nas matrículas das escolas públicas de Lisboa e do Porto, que levava muitos alunos a não terem cabimento das áreas em que residiam, por provirem de outras, quem lhes ocupava o lugar. Identificada a situação, mudada a regulamentação de tais matrículas e o problema desapareceu, naquele que é um merecido sucesso da equipa do Ministério da Educação.

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