É consensual a tese de nada ficar resolvido na Catalunha com as eleições de 21 de dezembro, qualquer que venha a ser o bloco vencedor: se os independentistas repetirem a maioria absoluta o governo castelhano manter-se-á agarrado à Constituição e à mais do que parcial Justiça para impedir a vontade maioritária assim manifestada. Se, pelo contrário, forem os espanholistas a conhecerem vitória de Pirro por quanto tempo julgarão possível manter uma situação, que logo voltará a incendiar-se tão só se afirme a sua vontade centralizadora em torno do poder madrileno? A exemplo da Escócia a respeito do Reino Unido tudo será uma questão de tempo por serem insanáveis as fraturas entretanto abertas. E, por muito que custe ao monárquico Marcelo, que logo cuidou de contactar o filipe espanhol a dar-lhe conta da submissão lusa à sua ilegítima ocupação, lá virá o tempo de cumprimento da Constituição, que manda respeitar o direito á autodeterminação dos povos. Algo que o «constitucionalista» de Belém quis oportunamente esquecer...
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