Sabemos bem qual a maior preocupação do Saraiva da CIP e dos demais muchachos das confederações patronais: eles sabem que lá virá o dia em que se reverterão as «reformas» implementadas pelo governo anterior na legislação laboral. O que significará um maior equilíbrio entre direitos e deveres de quem explora e de quem é explorado, limitando a precariedade e a facilidade em despedir por dá cá aquela palha.
O coro de carpideiras comandado pelo Saraiva a respeito do salário mínimo nacional é uma falácia, que até as próprias instituições europeias desmascaram: nas previsões para 2018 aponta-se para um crescimento de 2,3% na produtividade e de apenas 1,8% na atualização salarial. Ou seja, assim de mansinho, os patrões embolsam mais 0,5% nesse diferencial entre as mercadorias e serviços produzidos e as remunerações correspondentes de quem os tornou possíveis.
Na mais do que desigual correlação entre os rendimentos do Capital e do Trabalho, os primeiros tenderão a aumentar ainda mais em detrimento dos segundos. Salvo se… que é precisamente o que põe Saraiva & Cª à beira de um ataque de nervos.
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