O primeiro dia de agosto também coincide com aquele em que o blogue «Ventos Semeados» alcançou o meio milhão de visualizações. Isto significa que, em seis anos, e de acordo com os gráficos que acompanham este texto, tem havido crescimento, quase exponencial do número de leitores, que buscam nele informações e propostas de interpretação do que, politicamente, vai ocorrendo à nossa volta. A tal ponto que, neste ano de 2016, em apenas sete meses, já vimos ultrapassado o record de visitas ao site verificadas no ano transato, sendo até crível que o crescimento em relação a ele duplique daqui até dezembro.
Este crescente sucesso do blogue enquanto veículo informativo aumenta a nossa responsabilidade em relação aos seus conteúdos, por muito que assumamos o compromisso de irredutibilidade quanto à expressão de opiniões republicanas, laicas e socialistas.
Vivemos num tempo em que os jornais, rádios e televisões estão na posse da tal minoria de 1% de exploradores, que aumentam continuamente a sua elevada riqueza em prejuízo dos tais 99%, que vão procurando sobreviver com cada vez menos recursos e direitos. Nesse sentido o «Ventos Semeados» inclui-se no esforço imprescindível de fazer das redes sociais a voz das informações e opiniões alternativas, que combatam o discurso dominante. É que, com a presente crise do capitalismo neoliberal, e enquanto tal sistema de exploração não descobre outra forma de se procurar perenizar, torna-se fundamental encontrar todos os meios possíveis de o enfraquecer, porque a sociedade por ele comandada nunca poderá ajustar-se aos valores da Liberdade, da Justiça e da Igualdade por que a Humanidade vem lutando desde, pelo menos a Revolução Francesa de 1789.
Por isso, mais ainda do que republicano, laico e socialista, o «Ventos Semeados» assume-se como blogue influenciado ideologicamente pelas correntes de pensamento, que procuram dar ao marxismo a sua tradução concreta num século onde a luta de classes já não se polariza entre a burguesia e o proletariado, mas mantem-se acesa entre quem mais tudo tem e quem se afadiga na luta quotidiana pela mera sobrevivência. E também a expressão de quem acredita que as religiões são das principais causadoras dos males que grassam por todos os principais continentes, servindo de alibi para a manifestação do que de pior comporta o ser humano - racismo, xenofobia, nacionalismo, terrorismo, etc.
Quando Lenine definiu a religião como o ópio do povo estava a ser poupado nas palavras, porque elas exaltam as piores perversões albergadas pelos seres humanos. Daí que as informações e opiniões aqui expressas continuem a ser as de quem vê no ateísmo uma superioridade moral e civilizacional, porventura tida como arrogante por muitos, mas que os factos apenas confirmam.
Por todas essas razões estaremos aqui todos os dias a ajudar numa luta que é de muitos, de quase todos nós!
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