Pelo menos é essa a convicção que Lula da Silva tem manifestado a diversos órgãos de comunicação social sobre o que se seguirá à mais do que provável destituição de Dilma Rousseff. E o antigo presidente, que é raposa experiente, sabe bem do que fala, primeiro que tudo por quanto se revelarão infernais os 28 meses em que o usurpador Temer estará no Palácio do Planalto.
Enfraquecido no Governo, o Partido dos Trabalhadores recuperará a força na oposição às políticas, que prejudicarão a grande maioria dos brasileiros para beneficiarem a tal elite branca do Rio e de São Paulo, desejosa de abocanhar ainda maior quinhão da riqueza do país.
Não fazia, pois, qualquer sentido a aprovação de um plebiscito para a realização de eleições a curto prazo: haverá que dar tempo para que o desgaste dos conspiradores seja efetivo e grandes protestos de rua os confrontem com a ilegitimidade dos seus atos.
Para quem classificou de “impressionantes” as manifestações dos últimos anos, quando se contestaram as despesas com os Jogos Olímpicos em detrimento dos investimentos com escolas, hospitais e transportes públicos mais acessíveis, o futuro dirá que ainda não terão visto o suficiente. É que os que, então, se mostravam desagradados - mesmo sem perceberem como já andavam a ser arregimentados pela direita conspiradora! - continuarão a ter motivos para engrossarem os movimentos de desagrado, ao mesmo tempo que as revelações sobre a corrupção dos que passaram a deter o poder não conhecerão tréguas, só exponenciando a predisposição para serem contestados.
Os próximos tempos serão de justificada atenção ao processo político brasileiro, porque ele elucidar-nos-á factualmente como é possível infletir uma dinâmica ganha momentaneamente pelos inimigos do povo, mas que os fragiliza o suficiente para serem mais duradoura e sustentadamente derrotados...
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