Nestes últimos dias têm abundado os exemplos de vigarice na praça pública, com um conjunto de biltres a surgirem com afirmações que, tão só, escalpelizadas, não correspondem de modo algum ao que pretendem fazer crer.
Poderia escolher muitos mais, mas aqui ficam três, que me parecem particularmente elucidativos.
O primeiro foi o programa anunciado por pedro lomba para apoiar os emigrantes, que queiram regressar a Portugal e integrar o mercado de trabalho.
Depois de ter estimulado os desempregados a fazerem as malas e a partirem, este governo tem a pouca vergonha de surgir com uma proposta, que foi totalmente desconsiderada pelos representantes das comunidades portuguesas no estrangeiro. Porque lhes promete uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Se se notabilizara como um dos mais ativos bloggers da direita durante os governos de José Sócrates, o inefável lomba está fadado para estas figuras tristes depois de cedo esgotada a missão para que fora designado, a de porta-voz do governo.
Depois de perder o tacho, quem o levará alguma vez a sério?
O segundo (execrável) exemplo é o desse sujeito chamado paulo morais, que fundou uma coisa nebulosa supostamente dedicada a defender a transparência e a combater a corrupção.
Agora, convidado a apresentar as provas supostamente na sua posse sobre os negócios do BES em Angola, limitou-se a apresentar uns artigos de jornal e umas participações em espaços (des)informativos do canal de televisão da Cofina em que falava do assunto, mas sem mostrar quaisquer evidências.
O que este morais ambiciona é apresentar-se como o candidato populista à eleição presidencial, apoiado pelos taxistas, pelos espectadores dos programas matinais das várias televisões e pelo emplastro, que não desdenharia colar-se às suas costas para melhor lhe abrilhantar o discurso demagógico.
O terceiro exemplo foi o dos fanáticos defensores do Acordo Ortográfico de 1940, que não olham a meios para que o aprovado em 1990 não consolide a sua implementação. Embora já não contem com a liderança do defunto vasco graça moura copiam-lhe os métodos de terrorismo intelectual em que ele era pródigo. Vide o alarme social, que queriam causar com a notícia de qualquer aluno perder 4 valores em 20 nas provas escritas dos exames em que optassem pela grafia aprovada durante o salazarismo.
Veio agora o Instituto de Avaliação Educativa, demonstrar que a depreciação suscitada por tal opção é, no máximo, de 0,6 pontos, ou seja 0,5% da cotação total da prova.
Eis três bons exemplos de vigarices a que assistimos nos últimos dias...
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