A acusação de João Araújo e Pedro Delille contra rosário teixeira é tão grave, que merece ter consequências. Porque, a ser verdade que o procurador começou por apontar como data de ocorrência dos supostos ilícitos aquela em que José Sócrates não era primeiro-ministro para, depois, já consumada a prisão efetiva e feito o “julgamento” na praça pública, a alterar para quando ele já ocupava aquele cargo, não pode ser vista como uma inabilidade ou reflexo de incompetência.
É exigível um processo de averiguações, que esclareça se rosário teixeira sabia não lhe caber emitir as suspeitas, mas falsificou a sua apresentação para que todo o processo de decisão ficasse a si cingido e a carlos alexandre.
Importa perceber que conluio é este entre dois agentes judiciais, que terão permitido que se violasse o segredo de justiça com documentação apenas em sua posse ou por si elaborada. E, sobretudo, que motivações obscuras os terão levado a manchar a honra do antigo primeiro-ministro negando-lhe o elementar direito à presunção de inocência.
A confirmarem-se estas possibilidades, pode concluir-se que, em vez de José Sócrates, o sistema prisional bem precisa de arranjar espaço para estes dois corifeus.
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