Um dos meus ódiozinhos de estimação, que nem a morte do visado diluiu, foi josé hermano saraiva. Salazarista convicto, foi o tipo de ministro de educação, que nunca se coibiu de disseminar gorilas nas universidades, nem de mandar a polícia de choque aviar bastonadas, quando a irreverência antifascista dos estudantes dava mostras.
Nunca alinhei, pois, com a sua recuperação pela Democracia, que lhe deu tempo de antena na televisão pública para falar de História. Ou melhor, para a deturpar, à conta de umas estórias mais ou menos pitorescas, com que apimentava a sua perspetiva “muito pessoal” do nosso passado.
Porque rei morto, implica logo o rei posto, anda por aí um candidato a sucessor do hermano, que dá pelo nome de rui ramos. Apoiante entusiasta de cavaco à presidência, revelou semanas a fio a sua indigência intelectual num programa do canal Q em que “debatia” os acontecimentos com Clara Ferreira Alves.
Por muito que me armasse da tal paciência evangélica reclamada por António Costa, bastava começar a ouvir-lhe as mentecaptas teses para logo mudar de canal. É, pois, um “intelectual” deste quilate, que se atreve a escrever no «Observador»: «O problema de Costa é que, cada vez mais, parece o candidato da instabilidade e da incerteza. Quem quer arriscar o emprego, a pensão e as poupanças para assistir à aventura de um governo de Costa?».
Por muito que se ande a promover como historiador, este rui ramos não passa de um exemplo lapidar de como a desonestidade não conhece limites...
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