Das três sondagens ontem conhecidas só a da SIC dá a Marcelo a vitória inequívoca à primeira volta. As outras duas, a da Intercampus e a da Universidade Católica, situam essa possibilidade dentro da margem de erro em que o contrário também é exequível.
Continua, pois, a justificar-se o nosso esforço até ao último minuto do dia de hoje, quer participando nas iniciativas promovidas em Lisboa e que contarão com a presença do Prof. Sampaio da Nóvoa, quer um pouco por todo o país, onde os Núcleos SNAP possam continuar a movimentar-se para apelar ao voto no único dos candidatos independentes, que se identifica com o novo ciclo iniciado com a tomada de posse do atual governo.
Dirão os mais ingénuos: «Mas se o Marcelo não ganhar à primeira volta, as sondagens dizem que conseguirá à segunda volta por uma margem ainda maior!». Mas será?
Na realidade tudo tem sido fácil para Marcelo, enquanto se apresenta como o único candidato da direita (embora Henrique Neto ou Paulo Morais também o sejam!), e a esquerda se subdivide entre Sampaio da Nóvoa, Marisa Matias, Maria de Belém e Edgar Silva. Isso possibilitou a ideia na opinião pública da existência de dois patamares de candidatos: o de Marcelo e o de todos os outros.
Teria bastado que Maria de Belém se não tivesse prestado à triste figura feita nestes dias e esses dois patamares ficariam definidos de outra maneira: no do topo Marcelo e Sampaio da Nóvoa, num segundo plano, Marisa e Edgar Silva. E no terceiro o dos estarolas restantes.
É na forte possibilidade de se verificar uma segunda volta, em que Marcelo terá de descer ao terreno de combate e confrontar-se em debates com Sampaio da Nóvoa, que tudo ficará de novo em aberto. E, pelo que se viu nestas últimas semanas, nesse tipo de comparação, e quando colocados frente-a-frente a terçarem argumentos, Marcelo sempre tem perdido.
É por isso mesmo que acredito na necessidade de desenvolvermos mais três semanas muito intensas de trabalho político. A direita ainda não ganhou esta batalha por muito que tenha envergado a capa de cordeiro. E se pretendermos um país mais decente e soberano não podemos ficar sujeitos à volubilidade opinativa e comportamental de Marcelo Rebelo de Sousa.
Muito teremos a perder se não empossarmos como Presidente aquele que mais podemos associar àquela ideia antiga do Sábio, cuja lucidez, integridade e cultura melhor personificam as qualidades do primeiro tribuno da nossa República.
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