Se dar elogios deve sempre ser uma boa prática de assertividade para com outrem, eles ainda mais se justificam quando são plenamente merecidos. E, ontem, enquanto via o «Expresso da Meia-Noite», Eduardo Cabrita entusiasmou-me com a forma como explanou todo o trabalho feito pelo governo nestes cinquenta dias e desprezou olimpicamente as críticas ideologicamente preconceituosas de João Vieira Pereira e, sobretudo, os comentários mal educados e imbecis de Miguel Morgado.
Se já há uns meses atrás, ele disciplinara o então secretário de estado Paulo Núncio na sessão de uma comissão parlamentar onde este pretendia extravasar o seu direito à palavra, agora portou-se para com o antigo assessor de Passos Coelho como a caravana procede para com o cão raivoso que ladra sem parar.
A fleuma de Eduardo Cabrita perante as provocações do idiota, que estava sentado à sua frente, constitui o melhor tipo de atitude a tomar perante quem conduziu o país ao desastre social, que se sabe, e ainda se atrevem a querer discutir a bondade das mudanças entretanto implementadas.
No Parlamento o comportamento da direita continua a ser o de raiva por ter perdido as eleições de 4 de outubro, apesar de continuar a jurar que as ganhou. E não percebe que a maioria dos portugueses, que votaram nos deputados apoiantes da atual solução governativa, nunca poderia aceitar que não se avançasse rapidamente com a mudança prometida na campanha eleitoral.
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