Qualquer estudante universitário de Gestão sabe o significado de Negociação, que mais não é do que o ponto de encontro entre as posições à partida divergentes entre as partes envolvidas.
Com o governo de Passos Coelho já sabíamos o que se poderia esperar: genuflexão perante os ditames europeus e os portugueses, que pagassem a fatura de terem os seus destinos comandados por supostos «bons alunos».
No entanto, no fim de cada ano, compreendia-se que eles tinham sido uns cábulas e, nem com sucessivas tentativas em acertarem, mediante outros tantos orçamentos retificativos, conseguiam os resultados a que se propunham.
A comunicação social, quase toda ela afeta à direita, olhou para o Orçamento para 2016 do governo de António Costa e escolheu como parangonas: «cedeu a Bruxelas»!
Será assim ou ele mais não representa do que o resultado prático de uma negociação, que contempla vários parceiros chegando-se a um equilíbrio justo entre as aspirações das partes?
Não sobram dúvidas quanto à acertada resposta: ao contrário de Gaspar, Mário Centeno não se põe de cócoras a justificar-se ao ouvido de Schäuble, nem imita Marilú perante o assédio dos seus homólogos europeus, assumindo-se antes na sua verticalidade como um entre iguais e com eles disposto efetivamente a negociar.
É isso que faz comichões incómodas aos comentadores da nossa praça e, nomeadamente ao conselho dito independente de Teodora Cardoso, de quem se esperaria prioritariamente a autocrítica pelos seus rotundos falhanços passados em vez de atrever-se a mais bitaites sobre matérias inalcançáveis à sua incurável miopia...
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