Na sua crónica do «Público» Rui Tavares explica a razão porque são eritreus muitos dos desesperados, que procuram atravessar o Mediterrâneo não tanto por verem na Europa um prometido paraíso, mas por constituir o único sítio onde terão a esperança de conseguir viver:
Na Eritreia a brutal ditadura condena a prisão perpétua todos os jovens, que se recusem a cumprir serviço militar por tempo indefinido, tanto mais que ele consiste em executar trabalhos forçados em campos de concentração situados no deserto.
Entre a morte nas areias do deserto ou nas águas do Mediterrâneo, haverá quem prefira as últimas. Porque, pelo menos, sempre poderão ter uma possibilidade mínima de alcançar uma sobrevivência aceitável...
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