704 é o número de pessoas em situação de emergência no Norte de África que, com a proposta da Comissão Europeia, Portugal receberia segundo os parâmetros por ela definidos.
Convenhamos que parece um número perfeitamente razoável dentro da distribuição de tais desesperados por todos os países da União Europeia, para que se deixe de ver o Mediterrâneo transformado no atroz cemitério dos últimos meses.
É tempo de o Velho Continente fazer jus ao mérito de dele ter sido emanada em 1789 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Entretanto, de passagem por Lisboa, o diretor da Amnistia Internacional para a Europa e Ásia Central, John Dalhuisen, alertou para os perigos da implementação de outra das intenções europeias relacionadas com esses refugiados: destruindo-lhes os barcos nas costas líbias com que possam atravessar o Mediterrâneo, obriga-se-os a ficar num impasse em que nem chegam à Europa, nem podem recuar para as suas terras de origem, vendo-se à mercê dos grupos jiahdistas, que dominam o antigo país de Khadafi.
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