Seis meses depois de ter sido encarcerado em Évora, sem provas que justificassem tal infâmia, José Sócrates voltou a Lisboa para ser ouvido por dois procuradores incumbidos do processo.
Significará tal audição o sinal da iminente mudança das medidas de coação como sucedeu com Carlos Santos Silva? Não sabemos! Mas fiquemos esclarecidos: não é com a detenção domiciliária, que considerará haver tratamento mais justo para quem dela tem sofrido tão soez ataque.
Reitero a convicção, que nenhum pasquim matinal consegue dissuadir: apesar das teorias sórdidas, que os dâmasos & Cª têm procurado disseminar, nenhuma prova conforta as suspeitas da acusação.
Bem têm os rosários teixeiras procurado por mundos e fundos, que não se revelam capazes de mostrar algo de concreto com que comprovem as tortuosas suspeitas.
A decisão de prender sem provas para investigar o que não existe ficará doravante como a mais nefanda demonstração de ataque ao direito de qualquer cidadão ao bom nome e à presunção de inocência desde que supostamente acabaram as praticas tenebrosas dos juízes do antigo Tribunal da Boa Hora.
Para muitos milhares de portugueses, que acreditam na inocência de José Sócrates e o veem como um dos mais brilhantes políticos da história democrática, mantêm-se as certezas: depois de ser definitivamente ilibado de tudo quanto o acusam, exige-se um cabal esclarecimento das obscuras razões que estiveram na origem de toda este caso e de quem o congeminou e executou. Em definitivo, a culpa não pode morrer solteira.
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