A Greenpeace denunciou que o porto de Leixões é a segunda mais importante porta de entrada da madeira ilegal abatida na República Democrática do Congo e tendo a Europa como destino.
Infelizmente, durante anos, os navios de cuja tripulação fiz parte transportaram toneladas de madeira a partir de Ponta Negra para os portos europeus (já então Leixões era um deles!) ou asiáticos.
Nessa altura era um dó ver troncos de árvores, outrora majestosas, e cujo diâmetro excedia a minha altura, acabarem estivadas nos porões ou no convés do navio para virem a ser transformadas em mobiliário anónimo e sem alma.
Não tenho meio de saber se muita dessa madeira era legalmente extraída ou não, mas essa nem é uma questão determinante quanto ao essencial: proviessem ou não de concessões legais, significava uma sangria terrível nas florestas africanas, com impactos ambientais irreversíveis, que incluem o desaparecimento de espécies animais próximas da extinção.
No caso da República Democrática do Congo estão em risco de desaparecer os bonobos, também conhecidos por chimpanzés-pigmeus, a espécie de primata mais próxima do homem e que só se encontra naquele país.
É por isso que faz falta em Portugal uma verdadeira força política com sensibilidade ambiental (não é essa excrescência do PCP, que se autocrismou de Verdes), capaz de garantir a regulamentação de uma vigilância ativa do tipo de mercadorias chegadas aos nossos portos e que possam estar ligadas a atividades criminosas.
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