A semana começou com as imagens do que se passou em Guimarães a demonstrarem um tipo de comportamento policial, merecedor do imediato repúdio de quem as viu e comentou.
O problema é que a vítima é um homem caucasiano, de meia idade, empresário e com capacidade de expressão acima da média. Porque se fosse um negro ou um cigano colocado em idêntica situação seria inevitável a subestimação do carácter repulsivo da atitude do polícia agressor. Ainda há pouco se pode constatar isso mesmo com uma intervenção na Cova da Moura, onde vários jovens negros foram agredidos e encarcerados durante horas depois de ouvirem insultos racistas. Sem que voltássemos a ter qualquer conhecimento dos resultados do “inquérito” supostamente aberto para esclarecer a verdade.
Razão para, no blogue «Câmara Corporativa», Miguel Abrantes reconhecer que o “embrutecimento das forças de segurança” foi outra das “reformas estruturais” reclamadas pelo governo.
Noutro registo, Daniel Oliveira enfatiza uma das principais causas do problema muito sério, que se tem com a violência policial em Portugal: é que “ainda há quem acha que fiscalizar a polícia é sinal de laxismo”.
No seu livro sobre a Tortura, José Sócrates considerava - com fundamentadas razões! -, que precisamos de quem nos defenda contra os que o deviam fazer, mas em vez disso recorrem ao abuso do poder para impor as suas estratégias prepotentes. A polícia é um desses poderes, que carece ser controlado e auditado… continuamente!
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