Hoje é o dia de celebrarmos a excelente vitória de Ana Catarina Mendes para a Federação Distrital de Setúbal.
Ela é tanto mais saborosa quanto ocorrida numa das poucas estruturas federativas que, quando chamadas a pronunciarem-se para a possibilidade de se anteciparem as Diretas e o Congresso - evitando-se esta penosa espera de quatro meses! - tinha votado maioritariamente pelo não. Embora já então a relação de forças entre quem apoiava o ainda secretário-geral e quem defendia a mudança quase se igualasse!
Recordemos que, por essa altura já um número muito significativo de Federações tinham votado pelo sim, embora sem conseguirem totalizar o número suficiente de apoios para que a Comissão Nacional decidisse em sentido contrário.
Constatou-se, assim, que essa maioria conjuntural a favor de António José Seguro já não correspondia ao sentido pelos militantes do distrito. Que, desde então e sempre que surge a oportunidade para manifestar o apoio a António Costa a nível nacional e a Ana Catarina Mendes para a Federação, têm comparecido às centenas.
E se há tanto a fazer por todo o distrito para que o crescimento económico e a criação de emprego possam contribuir para a alavancagem de um processo destinado a transformar Portugal e a libertá-lo do ciclo de pauperização imposto pela Direita em aliança com a troika.
Muito embora ainda desconheçamos o resultado das votações nas demais Federações - embora na FAUL em Évora e em Leiria também tenham sido os candidatos em sintonia com António Costa a ganharem! - é crível que esta onda de mudança e de reencontro do Partido Socialista com a sua matriz histórica tenha expressão em quase todo o país.
Tenho esperança em que José Luís Carneiro, no Porto - e só porque concorre em lista única! - seja uma das poucas exceções a tal regra, por muito que as irregularidades em Braga, em Coimbra e em Santarém tivessem procurado evitar esta viragem qualitativa.
Mas, depois das comemorações das próximas horas, não é altura de baixar a guarda. Porque, se a tendência para a colagem aos vencedores possa influir positivamente para o resultado de António Costa no dia 28, haverá igualmente que contar com os que nada têm a ver com o Partido Socialista e ouviram Marcelo considera-lo como o adversário mais perigoso para a Direita, para alguns se apressarem a recensearem-se como simpatizantes a fim de dificultarem ao máximo aquela vitória anunciada.
Temos, pois, três semanas pela frente para não deixarmos escapar a oportunidade histórica de darmos ao país a garantia de um governo forte e competente!
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