Não vi, mas houve quem nas redes sociais contasse que José Gomes Ferreira lamentou na Sic a morte do dono do Pingo Doce, considerando-o alguém que muito se preocupara com a economia portuguesa.
Seria opinião risível se não expressasse a «cultura» de um obsequioso serventuário dos grandes patrões, que decerto considerou de interesse nacional a fuga aos impostos para a Holanda e a ofensa óbvia aos trabalhadores fazendo campanha de descontos para o Primeiro de maio. E deverá ter aplaudido com entusiasmo os bitaites que o merceeiro pronunciou repetidamente como se tivesse a sapiência de um guru capaz de, a exemplo do flautista de Hamelin, hipnotizar quem o ouvisse e os levasse para onde pretenderia que fossem.
Obviamente que, perante a sua morte, ergue-se uma taça e bebe-se com o consolo de nos vermos livres de mais um sacripanta.
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