Alguma imprensa de hoje - pelo menos Ana Sá Lopes no «Público» e Inês Cardoso no «JN» -mostra indisfarçável gáudio por ter sido a búlgara Kristalina Georgieva a escolhida pela União Europeia para assumir funções à frente do FMI.
Derrota do governo, não enjeitam em anunciar! O que é bem revelador do tipo de comportamento das direitas, quer quando agem formalmente na Assembleia da República, quer por interpostos «jornalistas»: normalmente «patrioteiras», quando agitar a bandeira e cantar o hino dá jeito à sua agenda ideológica, mas comprazendo-se com resultados opostos pelos mesmíssimos motivos.
O facto de Mário Centeno manter-se no governo e, muito provavelmente no Eurogrupo, acaba por dar sossego aos socialistas, que temiam perder a sua competência na gestão das finanças públicas e contenção nas pulsões mais ultraliberais de muitos governos europeus. Pessoalmente continuo a considerar que, acaso mudasse para Nova Iorque, António Costa logo convidaria quem o substituísse com igual competência e poderíamos ter outra grande organização financeira supranacional a revelar-se menos paladina dos nefastos conceitos da Escola de Chicago.
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